sexta-feira, 29 de junho de 2012

Fundadores Da Primeira Grande Religião








 "Há quatro mil anos, muitas tribos vieram das planícies e montanhas do Norte. Essas tribos eram arianas e constituem-se nos ancestrais dos iranianos de hoje (...) Escavações recentes atestam que os persas daquela época tinham uma civilizção brilhante e arquitetos de extraordonário talento."

                                  A glória do Irã vem antes da glória do Islã.
                                  Os persas não foram sempre muçulmanos:


"Como todos os povos antigos, os iranianos outrora acreditavam em muito Deuses, mas Zoroastro deu uma nova visão á Nação iraniana. Ahura Mazda era o grande Deus, cujas ordens estão incristas num livro, o Avesta. Ele lhes ensinou três princípios fundamentais de vida: a boa palavra, a boa ação, o bom pensamento."

 Assim, o Irã coloca-se na posição de fundador da primeira grande religião, antes de se definir como o primeiro do grandes impérios.
 Anteriormente, "Os corajosos medas expulsaram os assírios (subentenda-se: os atuais habitantes do Iraque) e conseguiram torna-se independentes."
  Tanto maior é a distançia tomada em relação aos semitas, mais ela se reduz em relação ao Ocidente. A história do Império acmênida é testemunha disso, pois se serve de fontes gregas e romanas. Reencontram-se, assim, os mitos e as lendas associados á origem de Roma. Para começar, o nascimento de Ciro...

"O rei Astyage tinha uma filha, Mandane.Uma noite ele sonhou que sobre a barriga da filha havia uma grande árvore que recobria toda a Àsia (em Heródoto: "de sua filha saía uma torrente que inundava toda a Ásia"). Num segundo sonho, é videira que sai do corpo da filha. Ele consultou um dos seus magos: "Que significa esse sonho?"
  "- Mandane terá um filho que será o maior de todos os reis; ele se tornará senhor do teu próprio território e do mundo inteiro."

   Astyage ficou com medo e mandou a filha para a parte ocidental do país, casando-a com cambises.    Quando deu á luz, o avô cruel mandou abandonar o menino na floresta para que os animais selvagens o devorassem. O servo encarregado dessa missão confiou o bebê a um guarda florestal.
   Depois, porém, como o seu próprio filho morreu, adotou a criança que lhe fora confiada. Cumpria-se, assim, o destino de Ciro. Grande e forte, logo guerreou contra Astyage, que impunha pesados impostos sobre seus súditos. E foi o vencedor.


Ciro organizou um dos exércitos mais modernos no seu tempo e tinha carros puxados por até dezesseis touros. Os reis da Babilônia, da Lídia e do Egito aliaram-se contra ele, mas Ciro os venceu e conquistou a Babilônia.
  "Há sessenta anos, encontrou-se num edito de Ciro que proclamava a liberdade das nações. E foi assim que judeus, que estiveram durantes setenta anos sob domíno assírio, foram libertados."

  Ao leitor ocidental a hitória de Dario e de seus sucessores reserva uma surpresa, referente á sua grandeza, á sua preocupação com  a justiça, á revolta dos babilônios e á expansão do seu império.
  "Ele dirigiu-se á Europa, onde muitas vezes comandou o exército, ocupou a macedônia e uma parte da atual romênia."

  Mas não há nem sinal da invasão da Hélade, de Xerxes, do conflito com os gregos, da batalha de maratona ou de salamina...
   Assim, afastam-se todos os conflitos entre "gregos e bárbaros", isto é, todo antagonismo político ou cultural com esses outros arianos, fundadores da civilização ocidental.

 Em sentido contrário, a resistência contra os conquistadores romanos é longamente citada com lição de coragem e de glória.
  Depois dos Selêucidas e dos Arsácidas, Multiplicam-se as guerras com os romanos


 "O exército romano, que conquistara a europa e a África, não conseguiu, nem sob Antônio, apoderar-se mais do que de uma pequena franja da terra iraniana."

 A grandeza do Império Persa inspira a família de Asdeshir, que sonha restaurar o Império acmênida e a identidade religiosa do Irã através da ressureição do Masdeísmo.

 "Ardeshir derrotou os romanos várias vezes, ocupou a Armênia, e o seu sucessor, Sapor, aprisionou o Imperador Valeriano: um afresco representa-o ajoelhado á frente do cavalo de Sapor."

 A época de Sapor II, o Grande, vê o Império Persa triunfar sobre dois inimigos ao mesmo tempo: "os árabes do Sul, cujo exército ele derrota várias vezes, e o Império de Bizâncio, que ele, secretamente, quer conheçer."


 "Um dia, Sapor II difarça-se, entra em constantinopla, é descoberto e metido na prisão. Mas consegue fugir e, com o seu exército, chega até os arrabaldes da capital. O Imperador Juliano ataca-o novamente e ele é morto. Sapor II reinou durante setenta anos, tendo sido contemporâneo de dez imperadores romanos."

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